Por que nos lembramos de alguns sonhos, mas não outros?

Sono

“Quanto mais entendermos os mecanismos que envolvem os

sonhos, assim como outros estados difedenciados de

consciência, melhor será nossa compreensão sobre as EFCs”

Por que nos lembramos de alguns sonhos, mas não outros? A resposta para essa pergunta, a princípio é óbvia: algum mecanismo do cérebro deve controlar o que vai ser lembrado e o que vai ser esquecido. Mas que mecanismo seria esse? A resposta não é simples. Fatores como a fisiologia e a psique com todas as suas peculiaridades, variam de pessoa para pessoa e eles podem afetar a lembrança dos sonhos de várias maneiras. Mas então, o que a ciência pode nós dizer sobre isso?

Abordagem psicológica: Freud teorizou que as pessoas não se lembram de seus sonhos devido a desejos reprimidos, proibidos e  que, por esse motivo, a própria psique se encarrega de apagá-los da memória por, conscientemente, não aceitá-los. L. Strumpell, um pesquisador dos sonhos contemporâneo de Freud, acreditava que sensações físicas e imagens vagas e pouco significativas que ocorrem nos sonhos são esquecidas por não serem importantes para a pessoa. Para Strumpell, aprendizado e lembrança ocorrem tanto por associação quanto por repetição. Como os sonhos geralmente são únicos e um tanto vagos, pela lógica sua lembrança poderia ser difícil. Por exemplo, se uma pessoa pronuncia uma frase para você que não tem relação imediata com qualquer coisa da sua experiência rotineira, talvez seja necessário para a pessoa a repeti-lo, a fim de que você possa lembrá-la ou até mesmo para que você possa entendê-la. Da mesma forma, os detalhes dos sonhos que estão fora de nosso domínio de experiência, muitas vezes nos escapam.

Abordagem neurofisiológica: Pesquisas indicam que somente no estágio de sonho REM (Rapid Eye Movement – Movimento Rápido dos Olhos) é que podemos sonhar. Numa noite de sono normal é comum a ocorrência de quatro a seis fases de sono REM. A pessoa, contudo, provavelmente só vai se recordar do último sonho, o que ocorre no último sono REM. Quando acontece da pessoa lembrar-se de mais de um sonho, isso ocorre devido a microdespertares que ocorrem depois que o sonho acabou, provocando, com isso a ativação da memória no meio da noite (2).

Mas isso não é tudo.  Estudos sobre os processos de sono demonstram que 5 minutos depois de termos um sonho, esquecemos 50% do seu conteúdo e, após 10 minutos, esquecemos 90% do seu conteúdo. Isso estaria relacionado ao fato da memória ser uma função do consciente, ao passo que os sonhos, são uma função do subconsciente. A memória, portanto, não conseguiria reter as lembranças dos sonhos após certo período de tempo. Nesse sentido, as pessoas que mais se lembram de seus sonhos são, portanto, as de sono leve, que despertam facilmente (2).

Finalmente, em uma recente pesquisa realizada com estudantes da Universidade de Roma, Itália, por Luigi De Gennaro (3), indicou que a mesma área do cérebro que controla aquilo o que lembramos ou esquecemos durante a vigília também faz essa função durante o sono. Para chegar a essa conclusão, De Gennaro e sua equipe monitorou com um EEG o sono de 65 alunos divididos em dois grupos conforme o momento em que despertavam,se durante o sono REM ou após o segundo estágio de sono não-REM.

Aqueles que acordaram durante o sono REM e conseguiram recordar seus sonhos eram mais propensos a demonstrar um padrão de oscilações de ondas teta nas áreas do córtex frontal e pré-frontal. Essas são as partes do cérebro onde ocorre o nosso pensamento mais avançado e são responsáveis pelas recordações de memória em indivíduos acordados. Nas pessoas que acordaram durante o sono não-REM, aqueles que se lembraram de seus sonhos tinham padrões de ondas alfa no lobo temporal direito, uma área relacionada ao reconhecimento de eventos emocionais e que se assemelhavam à atividade conhecida por ser essencial para a memória quando acordado.

Conclusão: São vários os fatores que determinam a lembrança dos sonhos. Além da pessoa presisar de um microdespertamento durante o sono, ele tem que ocorrer aluns minutos após a ocorrência do sonho para que, na região do córtex frontal e pré-frontal assim como no lobo temporal direito, seja feito o registro na memória consciente.

Referências:

(1) The Scientific Literature of Dream Problems (UP 1900), disponível em psychclassics.yorku.ca/Freud/Dreams/dreams1a.htm

(2) mundoestranho.abril.com.br disponível em http://mundoestranho.abril.com.br/materia/por-que-as-vezes-nos-lembramos-de-nossos-sonhos-e-outras-vezes-nao

(3) New Scientist magazine 5 de maio 2011, disponível em http://www.newscientist.com/article/mg21028114.300-why-do-we-remember-some-dreams-but-not-others.html

Para saber mais – Livros:

Livro Estado VibracionalLivro Experiências Fora do Corpo - Fundamentos

 

 

 

 

 

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Sonho, Sonambulismo e EFCs

EFC na Messier 8

Sonambulismo e Projeção Lúcida. Durante uma conversa com um colega de trabalho, mencionei a criação desse blog. Ele aproveitou para questionar-me se haveria alguma relação entre o sonambulismo e uma EFCs lúcida. Sua curiosidade vinha do fato de sua esposa, ocasionalmente, passar por estados de sonambulismo.

A teoria

Procurando esclarecer sua dúvida, primeiramente, discorri sobre a conceituação de sonho, sonambulismo e experiência fora do corpo. Depois, para escrever esse post, pesquisei um pouco mais (1).

Sonho: É uma experiência onde prevalece a imaginação de sons, imagens e outras sensações produzidas pelo subconsciente durante o período de sono. Tudo o que percebemos nos sonhos é carregado de um forte sentido simbólico e arquetípico, refletindo cargas emocionais que armazenamos no subconsciente. Todo esse conteúdo gera impressões muito fortes na psique humana. Outra característica marcante dos sonhos é o caos: as situações mais absurdas se sucedem, não existe um sentido lógico ou cronológico claro naquilo o que percebemos ou sentimos.

Sonambulismo: É considerado um transtorno comportamental do sono, durante o qual uma pessoa pode empregar suas habilidades motoras de uma forma simples ou complexa. O sonâmbulo pode sair da cama e andar, comer, realizar tarefas comuns e até mesmo sair de casa, movido pelo inconsciente. Nessas circunstâncias, o sonâmbulo fica suscetível a sofrer acidentes e até mesmo morrer em função disso. Pode ser difícil acordar um sonâmbulo, mas, contrariamente à crença popular, não é perigoso fazê-lo, podendo inclusive ser perigoso não acordá-lo! Porém esse despertar deve ser feito com cautela, pois, alguns sonâmbulos podem ser violentos.

EFC: Durante a EFC lúcida, ou, em outras palavras, quando temos uma experiência fora do corpo consciente, ocorre o predomínio da lucidez, do juízo crítico. Dessa forma, sabemos exatamente onde estamos (na dimensão extrafísica) e o que está se passando (que estamos fora do corpo) de forma que não temos dúvidas sobre qual tipo de experiência estamos vivenciando. Mais ainda, às vezes, a objetividade (a realidade) da EFC pode ser comprovada uma vez que tenhamos experiências em conjunto com outros projetores e, depois, um ou mais desses lembrarem-se das mesmas experiências que tivemos.

A prática

Para exemplificar para meu colega, relatei o único caso de sonambulismo vivenciado por mim mesmo. Foi em 1974 quanto contava 10 anos.

Nessa época, morava com minha família em uma casa no Rio de Janeiro. Eu e minha irmã dormíamos em camas que ficavam no mesmo quarto. Certa noite, já em horário adiantado, eu e minha irmã dormíamos quando minha mãe, que assistia a um programa na TV sentada numa poltrona da sala, percebeu, pela porta que dava para nosso quarto, que eu pulara da cama, caminhara até a cama de minha irmã e a sacudira com as mãos, ao mesmo tempo em que pronunciara palavras irreconhecíveis. Intrigada, minha mãe questionou-me, dali mesmo onde estava, o que eu estava fazendo. Sem nada responder, retornei para minha cama, deitei-me e continuei a dormir como se nada houvesse acontecido. No dia seguinte, minha mãe contou-me o ocorrido e perguntou-me o porquê daquela atitude. Lembrei-me então que, naquela noite, tivera um sonho onde, aflito por algum motivo, tentava despertar minha irmã que dormia em sua cama e, por mais que sacudisse e chama-se pelo nome, ela não acordava.

Então, como pude constatar, o sonâmbulo é aquela pessoa que sonhando, de alguma forma, adquire o controle das suas faculdades motoras.

Concluindo, na medida em que as pessoas amadurecem, física e psicologicamente, alguns estados diferenciados, tais como o sonambulismo e os pesadelos, tendem a desaparecer, ao passo que outros, como as EFCs, podem surgir.

Notas:

(1) Wikipedia: Verbetes sonho e sonambulismo.

Para saber mais – Livros:

Livro Estado VibracionalLivro Experiências Fora do Corpo - Fundamentos

 

 

 

 

 

Encontro Extrafísico com Amigos

Viagem Astral

Encontro extrafísico com amigos. Já era tarde da noite quando em 11 de junho eu li o artigo da U.S. News e que acabou levando-me a escrever, no  mesmo dia o post “EFCs são Reais?”. Fui dormir por volta de 1 hora da manhã. Em algum momento, no meio da madrugada, fui parar num distrito extrafísico usado pelos colaboradores da Conscienciologia(1) para prosseguirem suas atividades intrafísicas ligadas a essa ciência. Encontrei ali algumas pessoas que conheço no intrafísico, assim como outras que conheço apenas extrafisicamente.  Dessas últimas, algumas são encarnadas como eu e outras não. O que levou-me ali? Obviamente o fato de passar algumas horas lendo o artigo e, depois, escrevendo o post. Sou ligado a esses companheiros de evolução desde o curso intermissivo(2) quando fomos treinados em diversos procedimentos de pesquisa científica para podermos desempenhar melhor nossas missões, em torno do estudo e divulgação das EFCs. Mesmo tendo deixado a Conscienciologia à 15 anos, vínculos poderosos ainda me unem a esse grupocarma(3) que muitas consciências que vem evoluindo conjuntamente nesse planeta a milhares de anos.

Notas

(1) Conscienciologia: É uma das diversas abordagens sobre as EFCs.

(2) Curso Intermissivo: Um treinamento altamente especializado que algumas pessoas fazem antes de reencarnar.

(3) Grupocarma: Um grupo de consciências que mantém vínculos muito próximos e que se seguem a mesma trilha evolutiva.

Para saber mais – Livros:

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EFCs são Reais?

Exemplo de EFC

O início da EFC

EFCs são reais? No final de abril desse ano deparei-me em uma revistaria com um número especial da U.S.News & World Report sobre Secrets of Your Brain. Abri a revista e comecei a folheá-la até encontrar um artigo “Divining the Secrets of the Soul” (Adivinhando os Segredos da Alma) onde as EFCs eram abordadas. Comprei a revista para ler o artigo mais tarde.

Quando finalmente pude fazê-lo, sem surpresa, constatei que a revista optou pelo costumeiro caminho de atribuir a causa das EFCs a um mau funcionamento do cérebro, uma doença mental. Segundo a revista, as EFCs e as EQMs (Experiências de Quase-Morte) podem ser explicadas pela confusão do cérebro ao interpretar diferentes sensações. A maioria das publicações, inclusive no Brasil, adota essa mesma linha editorial, preferindo ignorar os incontáveis casos de pessoas que descrevem experiências impossíveis de serem explicadas como um simples mau funcionamento do cérebro.

Naturalmente, existem pessoas que sofrem de distúrbios da mente variados e que tem alucinações em função deles. Mas não é esse o caso de nós, projetores, que gozamos de perfeito equilíbrio físico e mental. Eu diria até que somos mais saudáveis do que os editores de que tentam impor uma visão de mundo baseada nas meias verdades que publicam.

As EFCs podem ser comprovadas de várias formas:

-Experiências conjuntas: duas ou mais pessoas vivenciam as mesmas experiências fora do corpo e, depois, tem as mesmas lembranças sobre esses eventos. Um exemplo pessoal: Sai do corpo, assumi a aparência de uma existência pregressa e, na mesma noite, minha irmã também saiu do corpo, me viu com essa aparência modificada, relatando-me o ocorrido na manhã seguinte.

-EFCs Précognitivas: O projetor capta uma informação sobre um evento que ainda não aconteceu na dimensão intrafísica e, tempos depois, o evento ocorre tal qual ele previra. Um exemplo pessoal: Em uma EFC, um amigo do Rio de Janeiro dizia-me que iria mudar-se para Brasília, onde resido. Meses depois, recebi uma ligação onde ele avisava-me que vinha a Brasília para uma entrevista de emprego.

-Percepções: O projetor, fora do corpo, verifica a existência de algo, um objeto, local ou situação na dimensão intrafísica e, depois, comprova que aquilo o que percebeu correspondia a realidade. Um exemplo pessoal: Em uma EFC soube que o irmão de uma pessoa conhecida participava de uma série de negócios escusos e que estava se envolvendo com pessoas muito perigosas. Dias depois relatei o ocorrido a essa pessoa sem sequer saber se ela tinha um irmão. Sua reação foi de estupefação, pois, além de ter um irmão, sabia que ele estava envolvido em esquemas ilícitos e andando com más companhias.

Casos como esses existem por ai em profusão. Sequer é preciso que a pessoa seja um “projetor de carteirinha”. Quantas são as pessoas que experiências como essas e as tomam como simples sonhos? Ignorar esses casos, fingindo que não existem é, no mínimo, faltar com a verdade.

E você amigo(a)? O que acha?

Para saber mais – Livros:

Livro Estado VibracionalLivro Experiências Fora do Corpo - Fundamentos

 

 

 

 

 

Relatos Projetivos por Santo Agostinho

Santo Agostinho

Primeira imagem de Santo Agostinho Sec VI D.c.

Relatos projetivos por Santo Agostinho. Noutro dia, (21 de maio) pouco antes de despertar, estava pensando comigo mesmo algo sobre EFCs quando me veio à mente que Santo Agostinho havia escrito algo acerca desse assunto…. Acordei com essa lembrança e, naturalmente, fiquei curioso. No mesmo dia fiz uma pesquisa na Internet e…..voilá, não é que, sem que eu intrafisicamente soubesse, existe mesmo uma passagem de Santo Agostinho(1) falando sobre isso!

Agostinho relata em um de seus livros(2) um caso que foi-lhe contado por um amigo seu de nome Gannadius, médico que residia em Cartago e que era querido por muitas pessas, um homem de espírito devoto e compaixão infatigável. Contou-lhe Gannadius que com o tempo, apesar das inúmeras obras de caridade que praticava, fora assaltado por dúvidas acerca da vida após a morte. Segundo Agostinho, como Deus não poderia abandonar um homem tão compassivo no temperamento e ações, certa noite, apareceu-lhe em sonho, enquanto ele dormia, um jovem de notável beleza e porte imponente, e disse-lhe: “-Segue-me”. Ele o seguiu e chegou a uma determinada cidade, em que ele começou a ouvir uma música que superou toda a doçura do conhecimento comum. Ouvindo a melodia atentamente, perguntou o que era aquela música e foi-lhe dito: “-São os hinos dos bem-aventurados e santos.”

Passados alguns dias, o mesmo jovem apareceu para ele novamente em um sonho. O que segue é um relato desse encontro que eu (Cesar) transcrevo como um diálogo.

Jovem: “-Você me reconhece? “

Gannadius: “-Sim, lembro de você perfeitamente bem.”

Jovem: “De onde você me conhece?”

Gannadius: “-Você guiou-me até uma cidade onde ouvi uma doce melodia. Perguntei que melodia era aquela e disseram-me que eram hinos dos bem-aventurados e santos…”

Jovem: “-E agora, você está dormindo ou acordado?”

Gannadius:-Estou dormindo.”

Jovem: “-Sua memória é boa, você está certo, você estava dormindo quando você ouviu isso, mas você deve saber que, agora mesmo você está dormindo… Onde está o seu corpo agora?”

Gannadius: “-Na cama em minha câmara”

Jovem: “-Você sabe que naquele corpo franzino seus olhos estão neste momento fechados e que com eles você não está vendo nada?”

Gannadius: “- Eu sei”

Jovem: “-Que olhos então são esses com os quais você me vê?

Gannadius: “….( silêncio)”

Jovem: “-Assim como os olhos de seu corpo que está a dormir na cama estão inativos e não fazem nada e, ainda ssim, você tem esses olhos com que tu me vê, quando você estiver morto e os olhos da vossa carne tiverem deixado de fazer qualquer coisa, você ainda terá olhos pelos quais você verá assim tmabém como terá um corpo para viver…”

Daí em diante Gannádius nunca mais teve dúvidas sobre a vida após a morte.

Notas:

(1) Santo Agostinho – Aurelius Augustinus Hipponensis (13/11/354 D.c. – 28/08/430 D.c.)

(2) Select letters / St. Augustine ; with an English translation by James Houston Baxter. Publisher: London : W. Heinemann ; New York : G. P. Putnam’s, 1930.

Para saber mais – Livros:

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