
Hipnagogia é estado diferenciado de consciência que surge na transição entre a vigília física e o sono caracterizado pela semiconsciência e pelo surgimento de imagens e sons na tela mental.
O termo vem do grego “hypnos” (sono) + “agogôs” (induzido) e foi originalmente cunhado em forma adjetiva como “hipnagógicas” por Alfred Maury em 1848 na obra “Des Hallucinations Hypnagogiques”.
As primeiras referências a hypnagogia podem ser encontradas nos escritos de Aristóteles.
Pesquisas indicam que a incidência da hipnagogia varia muito de pessoa para pessoa, sendo mais comum em crianças, chegando a 80% entre os 3 e 7 anos de idade, reduzindo com o avanço da idade, apresentando incidência de 40% dos 7 aos 14 anos e cerca de 10% em adultos. Esses percentuais são genêricos, cabendo, portanto, incidências diferentes conforme varia o público alvo pesquisado.
Durante a hipnagogia, a atividade cerebral é reduzida, ocorrendo a produção de ondas alfa, com frequência de 7,5 a 13 Hz. Essa faixa de frequência também ocorre quando se pratica a meditação.
Muitas EFCs ocorrem a partir do surgimento da hipnagogia. Exitem inclusive técnicas para controlar o processo hipnagógico de tal forma que ele conduza a pessoa a uma EFC lúcida.
Existe também a possibilidade de captar-se informações oriundas de outros locais, da dimensão intrafísica ou extrafísica, durante a hipnagogia. Esse processo envolve projeções rápidas e parciais que podem ser de psicossoma ou de mentalsoma. A história registra casos de pessoas, algumas bem famosas, que usaram a hipnagogia dessa forma para obter inspirações.
Alguns Casos de Uso da Hipnagogia
Sylvan Mouldoon, um dos projetores mais famosos, quando descansava em sua cama, mantinha o antebraço erguido e equilibrado até que, sobrevindo a hipnagogia, ele ia percebendo a lucidez e, depois, quando o sono chegava, seu braço pendia e ele voltava a condição de vigília.
Albert Einstein, um dos maiores expoentes da ciência, para entrar em estado hipnagógico, sentava-se em uma cadeira com os braços suspensos segurando uma pequena pedra lisa em cada mão. Quando ele caia no sono, uma ou mais pedras caiam, fazendo com que desperta-se. Como resultado do estado de hipnagogia, Einstein colhia várias inspirações para suas proposições sobre as leis da física.
Salvador Dali, famoso artista espanhol, empregava um método similar ao de Einstein para ter, durante a hipnagogia, as estranhas visões que inspiraram muitas de suas pinturas.
Thomas Edison, criador de inúmera invenções, colocava um dólar de prata na cabeça e sentava-se em uma cadeira com um balde de metal em seu colo. Se ele caísse no nosso durante a hipnagogia, a moeda poderia cair no balde e, o som provocado nesse, restaurava o seu estado de alerta.
Para saber mais – Livros:


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