Stephen LaBerge é um respeitado psicofisiologista que dedicou-se ao estudo científico sobre sonho lúcido. Formado como bacharel em matemática em 1967, começou pesquisar sobre sonhos lúcidos em seu Ph.D. em psicofisiologia na Universidade Stanford, concluído em 1980.
Técnica. LaBerge desenvolveu técnicas para permitir que ele mesmo e outros pesquisadores entrassem num estado de sonho lúcido à vontade. Uma dessas técnicas que passou a ser conhecida como “Técnica de Laberge”, consiste em o experimentador acordar antes do seu horário habitual de sono noturno, levantar-se, caminhar pela casa e fazer algumas outras atividades de menor importância por um período de 20 a 30 minutos. Depois o experimentador retorna para a cama e volta a dormir até a hora habitual de despertar. As ocorrências de sonhos lúcidos durante esse período final de sono demostraram ser maiores.
O estado de sonho lúcido é notoriamente difícil de alcançar. O pesquisador Daniel Erlacher, da Universidade de Berna, na Suíça, vem trabalhando em maneiras de induzi-los. Em suas últimas tentativas de produzir sonhos lúcidos em laboratório, ele aplicou uma variante da “Técnica de Laberge”, acordando os participantes de sua pesquisa nas primeiras horas da manhã e pedindo-lhes para pensar sobre os sonhos que tiveram e os sonhos que eles gostariam de ter. Depois eles eram conduzidos de volta para a cama para continuar com o experimento.
Segundo Erlacher, embora apenas 10 por cento dos sonhos dos participantes sejam lúcidos antes que eles tentassem a técnica, esse índice subiu para taxas de sucesso de mais de 50 por cento com a aplicação dessa técnica.
Esses resultados foram apresentados na reunião anual da Sociedade Sono na Alemanha em 2011. Elarcher comenta: “Uma vez que você ter o controle de seus sonhos, por que parar aí? Sonhadores lúcidos que são capazes de sonhar que jogam uma moeda em um copo tem uma pontaria melhor no dia seguinte em comparação com aqueles que não treinam em seus sonhos”.
Para saber mais: Consulte a Olympic extremes: Thought control de Jessica Hamzelou, publicada no número 2874 da revista New Scientist em 18 de julho de 2012.
Para saber mais – Livros: