
Alojamento no Ceaec – Foto do Autor
No penúltimo Post, relatei um evento ocorrido no Ceaec. Mas isso não foi tudo. Tive mais algumas experiências que posso relatar.
Cheguei ao Ceaec, em Foz do Iguaçu, no dia 27 de março e por conveniência, resolvi dormir no Village (foto acima), um alojamento existente dentro do Ceaec (um hotel está em fase do construção ao lado do complexo).
Na primeira noite de sono no local. Propositadamente, não fiz qualquer trabalho energético ou autoprogramação antes de dormir. Eu queira ver “o que iria rolar” dessa forma, sem qualquer indução. Adormeci depois de algum tempo. Dormi pouco nessa noite.
A única coisa do qual me lembro durante o período de sono dessa primeira noite é que eu estava conversando com uma mulher. Ela estava sentada na minha frente, bem à vontade. Era magra, pele morena, cabelos pretos, curtos e ondulados, provavelmente presos de alguma forma na parte detrás da cabeça. Trajava uma blusa clara estampada que lembravam pequenas flores.
O que mais me chamou a atenção nela foram os olhos. Sob e acima das sobrancelhas parecia haver uma maquiagem escura que formava uma barra retilínea, digamos assim, de uma ponta a outra das sobrancelhas. Ela estava prestando-me vários esclarecimentos, mas, não guardei rememoração sobre os pormenores dos assuntos abordados. Isso é o que chamamos de projeção semiconsciente.
No dia seguinte deitei-me para dormir por volta de meia-noite. Sem perceber adormeci, como num abrir e fechar de olhos. Despertei às 2:20 com o livro da Helen Keller “estampado na minha cara”, conforme relatado no post anterior.
Depois disso, não consegui mais dormir. Passei as horas seguintes me revirando na cama. Aproveitei então para processar mentalmente algumas ideias. Infelizmente, isso não ajuda em nada a trazer o sono de volta, de forma que assim fiquei até umas 6:30 quando, finalmente, adormeci novamente.
Entrei em um estado alterado de consciência e passei a sonhar lucidamente. Nesse sonho, eu despertava (falso despertar). O quarto estava claro como se fosse dia, apesar de, no intrafísico, estar completamente escuro. Fora isso, percebi que havia muitos outros objetos e móveis no quarto além dos que estão instalados no intrafísico. Eu despertava, erguia-me da cama e me questionava se havia de fato acordado. Isso aconteceu duas vezes, No terceiro falso despertar, ao me levantar, meu nível de lucidez aumentou. De alguma forma, surgiu em minha paramão direita um estojo de lápis escolar aparentando ser feito de nylon vermelho, com um zíper branco rodeando-o quase que completamente.
Mais uma vez, desconfiei que aquele não era um autentico despertar e que estava na realidade projetado fora do corpo físico. Minha lucidez ainda não estava num nível L6*, pois se assim fosse, eu não teria nenhuma dúvida sobre o fato de estar projetado. Para testar minha impressão, atirei para cima o estojo que estava em minha paramão de forma que subisse e caísse dando rodopios. Minha hipótese, formulada num átimo, era de que se eu estivesse projetado, aquele estojo seria extrafísico e, portanto, poderia comportar-se de forma diversa ao que seria de se esperar no intrafísico, contrariando a atração gravitacional e caindo de volta na minha paramão lentamente, como se estivesse em câmera lenta. Se isso ocorresse, pouco importando se o efeito seria provocado pela atuação da minha mente por sobre o objeto ou não, seria a comprovação de que eu estava projetado. Mas, não foi o que sucedeu. Nesse ponto, minha visão estava ligeiramente deslocada para fora do psicossoma, de tal sorte que eu me via de um ponto ligeiramente deslocado para fora do psicossoma.
Apesar do “teste” da queda do estojo não comportar-se com eu esperava, convenci-me de que estava projetado. Nesse momento, devo ter passado do nível de lucidez L2* para L4*. Esqueci o estojo, a visão centrou no psicossoma (isso é comum para mim quando passo de sonho lúcido para uma projeção lúcida), ficando tal como a visão no corpo intrafísico. Levantei-me completamente da cama, sem contudo pisar no chão. Parecia flutuar a alguns centímetros sobre ele. Chamou-me a atenção uma grande quantidade de objetos multicoloridos dispersos pelo chão, Eram pequenos brinquedos e/ou artefatos de desenho e artes plásticas do tipo que são usados por crianças.
Subitamente despertei**. Poucos minutos se passaram após ter adormecido. Avaliei então esses eventos. Fiquei surpreso comigo mesmo. De onde tirei aquela ideia de atirar o estojo para o alto? Como consegui elaborar tão rapidamente essa ideia? As vezes surpreendo-me com essas coisas.
Por que o quarto estava tão diferente e porque haviam tantas coisas ali relacionadas com material didático para crianças? Seriam de fato para crianças? Estariam essas formas pensamento relacionadas a pessoas que hospedaram-se ali antes de mim? Teriam sido essas formas pensamento criadas por uma consciência extrafísica ali presente, não percebida por mim, para dar-me um recado, algo como: “O seu nível de projetabilidade lúcida ainda é o de uma criança…”. Ou a ideia seria outra, afinal, o que contém um estojo? Canetas, lápis… Seria uma indicação de que tenho que escrever mais? Nesse sentido, os objetos no chão indicariam a necessidade de usar mais elementos didáticos em minhas atividades? Quem sabe? Quando paira a dúvida quanto a natureza de um experimento projetivo, temos que cogitar todas as possibilidades.
Concluindo, observe leitor que a projeção foi muito rápida, mas, quantas linhas tive que usar para descrever tudo o que se passou nesse ínfimo período de tempo? Nada do que acontece ou o que é percebido durante um experimento projetivo é casual. A atenção para com os detalhes, e o seu registro posterior, por menores que sejam, pode trazer muitas informações úteis.
Notas
* Os níveis de lucidez extrafísica são descritos no livro Projeciologia de Waldo Vieira:
L2 = 20% de lucidez extrafísica. Seminconsciência com interferências oníricas.
L4 = 40% de lucidez extrafísica. O projetor ainda tem dúvida sobre se está ou não projetado.
L6 = 60% de lucidez extrafísica. Nesse ponto a lucidez é quase igual a que a pessoa apresenta na dimensão intrafísica e o projetor sabe, sem dúvidas, que está projetado.
** Experimentos recentes indicam que quando a pessoa entra na condição de sonho lúcido o cérebro passa a produzir ondas Gama cuja frequência é maior do que as que são produzidas na vigília comum. Essa superativação do córtex cerebral faz com que a pessoa rapidamente desperte.
Para Saber Mais
Experiências Fora do Corpo – Fundamentos
www.metaconsciencia.com
www.estadovibracional.com
Livros:


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