Recentemente diversos experimentos vem sendo realizados no intuito de registrar padrões de pensamentos relacionados a cenas e mesmo a objetos específicos.
Em sua edição de hoje, 5 de abril, a revista Science, trás uma matéria descrevendo os últimos avanços obtidos nesse campo obtidos por uma equipe de cientistas japoneses do laboratório de Yukiyasu Kamitani do Instituto Internacional de Pesquisas de Telecomunicações Avançadas (ATR) de Kyoto. Liderada pelo Dr Yukiyasu Kamitani, PHD em sistemas neurais, a equipe relata ter conseguido decifrar parcialmente o conteúdo dos sonhos.
A tecnologia desenvolvida baseia-se na decodificação das imagens que uma pessoa observa durante produção de um sonho. Cada imagem observada produz padrões específicos de atividade cerebral que podem ser mapeados e interpretados.
Em uma faze inicial, a pesquisa envolveu o registro da atividade cerebral de três voluntários durante sessões de 3 horas durante as quais eles dormiam. Quando os aparelhos indicavam que o voluntário estava dormindo, ele era acordado e perguntavam que imagens haviam acabado de ver. Para definir padrões e criar uma tabela de correspondências entre atividade cerebral e cenas observadas, essa operação foi repetida mais de 200 vezes com cada voluntário ao longo de um período de 10 dias.
Uma vez criada essa base de dados, teve início a segunda fase da pesquisa. Kamitani e seus colegas desenvolveram um decodificador de imagem visual baseada em algoritmos de aprendizagem de máquina. Eles treinaram o decodificador para classificar padrões de atividade cerebral registrados dos mesmos três voluntários enquanto estavam acordados e assistindo a um vídeo montado com centenas de imagens selecionadas a partir de várias bases de dados on-line. Após o decodificador ter sido ajustado para cada pessoa, os pesquisadores puderam introduzir um padrão de atividade cerebral e fazer o decodificador prever qual imagem fora produzida durante um sonho.
Os experimentos possibilitaram uma taxa de sucesso entre 60 a 70% de predição correta quanto as imagens que eram vistas pelos voluntários.
Por enquanto, o decodificador tem que ser ajustado para cada pessoa e só funciona para indicar as imagens percebidas 15 segundos antes do despertar. Contudo, provavelmente, aperfeiçoamentos futuros o farão tornar-se funcional e mais preciso. Essa tecnologia será muito útil para estudar doenças psicológicas e também para criar dispositivos de controle baseados em pensamento.
Indo Além
Imaginem o seguinte experimento. Em um laboratório, um projetor consciente tem sua atividade visual monitorada por meio de instrumentação. O projetor sai do corpo, desloca-se até um ponto de observação previamente combinado, diante de uma rua movimentada, por exemplo. Ele fica alguns momentos no local observando a passagem dos veículos. As imagens são registradas pelo decodificador. Posteriormente, as imagens podem ser confrontadas com as que forem registradas por uma filmadora instalada no mesmo ponto de observação. Uma grande e impossível similaridade das imagens demonstrará de forma incontestável que a projeção consciente de fato ocorreu.
Para Saber Mais
Experiências Fora do Corpo – Fundamentos
Caro César,
No Parapsi vígil a informação chega até o chackra e é ‘transduzida’ em energia física e aparece atividade nas neuroregiões correspondentes. Já há várias neuropesquisas com sensitivos e médiuns mostrando isso.
Já na Projeção a única que li foi aquela com o Monroe e o Tart em que enquanto ele via um ambiente com confirmação posterior o cérebro acusava um sono REM estágio 1.
Na EFC tb precisa haver em algum momento uma ‘transferência’ (reprodução) para o cérebro senão não há como lembrar das imagens quando estivermos funcionando com o mesmo na vigília.
Agora já uma live neurotv seria curioso.
Posteriormente vc poderia citar outras pesquisas sobre a neurofisiologia das EEC’s para nós.
Valeu!
Olá William.
Pois é, esse campo é fascinante. Certamente vou escrever mais sobre isso. Pretendo fazer um estudo completo sobre esse assunto.
Cesar Machado