Concluí no mês passado um levantamento sobre a publicação de livros e artigos sobre projeção astral empregando para isso a bibliografia do livro Projeciologia, publicado em 1985.
O gráfico acima mostra a relação de publicações ano a ano, iniciando em 1847 com um livro de autor anônimo publicado em Londres, Inglaterra, com o título The Unseen World: Communications With It, e vai até 1985, com um texto de Waldo Vieira, Técnica da Auto-hipnose Projetiva, publicado no Jornal Espírita em São Paulo.
Antes desse período, fora rápidas passagens em livros da antiguidade e relatos projetivos de santos da Igreja, as únicas publicações sobre o assunto foram os livros de Emanuel Swedemborg, na Suécia, no século XVIII.
Cerca de 75% das obras (1430 obras) foram publicadas a partir de 1960. Percebe-se, então, que, antes desse período, o assunto projeção astral tinha uma veiculação muito restrita. Em 1960 foram publicadas, em todo mundo, apenas 10 obras relevantes sobre o assunto. Naquela ocasião, existiam apenas 477 obras relevantes, muitas das quais em revistas, periódicos e livros que somente estavam disponíveis em umas poucas bibliotecas nos Estados Unidos da América e países europeus. Portanto, uma pesquisa bibliográfica sistemática sobre o tema naqueles dias não era nada fácil ou, por outro lado, apresentava poucos resultados. Essa situação se agrava mais ainda se recuarmos a períodos anteriores as 1940: cerca de 83% das obras foram publicas após essa data.
Observando a distribuição de publicações ao longo do tempo, nota-se que, entre 1847, ano da primeira publicação, e 1893, houve anos em que não se teve nenhuma nova publicação relevante sobre projeção astral e que, a partir de 1894, não houve mais anos sem publicações e que, a partir desse ano, o número de publicações vem aumentando continuamente até 1984. Em 1920, houve um pico de 17 publicações que somente se repetiria em igual número em 1963.
A figura abaixo, por sua vez, mostra uma linha do tempo traçada por meio da ferramenta Google Timeline, que indica que, somente por volta de 1850, começaram a surgir referências às projeções astrais na literatura e que, antes disso, inexistiam informações sobre o assunto. Então, esse resultado corrobora aquilo o que o levantamento realizado na bibliografia do Projeciologia já indicara:
-A literatura acerca das EFCs era, até poucas décadas, muito escassa e
-O número de publicações vem aumentando sistematicamente na medida em que os meios de comunicação vão facilitando o acesso as informações a toda a população.
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